Foto: Sandro Pereira
Fabrício Torres era ligado a um grupo criminoso
especializado que usava empresas de fachada para a obtenção de financiamentos
em instituições financeiras.
Entendam o caso: Manaus – O motorista
Fabrício Gonçalves Torres, 32, preso no último domingo (20), por suspeita de
atropelar quatro pessoas da mesma família, estava sendo procurado pela Polícia
Federal (PF) desde dezembro de 2015, por estelionato. De acordo com o delegado de Repressão a
Crimes Fazendários (Delafaz), Daniel Brasil, o homem estava envolvido em grupo
criminoso que desviou cerca de R$ 15 milhões da Caixa Econômica Federal e
outras instituições financeiras entre os anos de 2013 e 2014.
O delegado explicou que
Fabrício foi identificado, na segunda-feira (21), após agentes da PF terem
visto a imagem dele divulgada pela imprensa. O fugitivo foi preso no 1º
Distrito Integrado de Polícia (DIP), por se envolver em um acidente de trânsito,
ter atropelado quatro pessoas e causado a morte da autônoma Zilda Amorim de
Oliveira, 46, enquanto estava embriagado.
Junto à Polícia Civil,
Fabrício foi autuado em flagrante por homicídio culposo e embriaguez ao volante
no 1º DIP. De acordo com a delegada Fernanda Antonucci, ele iria ser levado à
audiência de custódia junto ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), mas o
envio não ocorreu devido ao mando de prisão pela Justiça Federal.
Após a identificação do
mandado, Fabrício foi levado por agentes federais à Superintendência da PF, no
Dom Pedro, zona centro-oeste de Manaus. De acordo com o delegado da PF Daniel
Brasil, o suspeito apresentava vários nomes o que dificultava a localização.
“Ele usava Fabrício Torres ou invertia a posição dos sobrenomes”, disse.
Brasil explicou que o
Fabrício foi ouvido pela PF e será levado a audiência de custódia, agora, junto
à Justiça Federal, que vai decidir se ele deverá ou não responder aos crimes em
liberdade ou preso.
Esquema
A prisão preventiva contra
Fabrício foi decretada em dezembro do ano passado, durante a operação
‘Construcrime’. De acordo com o delegado Brasil, o homem era ligado a um grupo
criminoso especializado que usava empresas de fachada para a obtenção de
financiamentos em instituições financeiras, especialmente na Caixa Econômica
Federal.
No total, a organização
criou 18 empresas “fantasmas”, a maioria no ramo de materiais de construção.
Juntos conseguiram desviar entre os anos de 2013 e 2014 cerca de R$ 15 milhões.
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